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abril 13, 2015

E o Mal Vence (poema)



Por Jon Paredes

A galope o cavalheiro das sombras
Confiante, impositivo, opressor.
Ameaçou-me com sua lança, 
Me infantilizou.
Meu nome xingou,
Meu ego ofendeu,
Armadilha montou.
Meu peito feriu,
Em minha cara bateu,
Me prendeu, me matou.




Corpo e alma, carne e mente.
Se fere-me o corpo, a carne cresce,
Sufoca a alma, nevoa a mente.
Sou bicho gente.
Bicho da mata. Fera nata.
Besta que mata meu diplomata.

Ergui minha lança também.
Com ira e pressa, esqueci o escudo do meu peito.
Parti em disparada, atingi o cavalheiro.
Uma lança no espelho, um punhal em um irmão.
Um laço de passarinheiro, uma flecha em combustão.
Sem o escudo do meu peito, o ferrão do mal, certeiro,
Atingiu meu coração.

Eu achava ser o bem lavando a honra, fazendo justiça,
Pagando com mesma moeda corrente.
Libertei o lado bicho.
Esqueci o lado gente.
Olho por olho se fura, arranca-se dente por dente.
Da taça do mal, bebi o veneno.


E mais uma vez o mal vence.

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